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Um momento para abrir a cuca e saborear novas ideias

Para aqueles que geograficamente não estão no Rio Grande do Sul e não tem conhecimento muito amplo da cultura gaúcha pode estranhar quando falamos em cuca. Muitos remetem instantaneamente a figura mitológica do folclore brasileiro, a bruxa com feições de jacaré que se tornou conhecida por ser uma personagem do Sítio do Pica-Pau Amarelo da obra de Monteiro Lobato. Todavia, a cuca a qual nos referimos tem um aspecto mais agradável do que a maga reptiliana da literatura.

Por aqui, nas terras do sul do país colonizadas predominantemente por alemães, a cuca é uma iguaria culinária muito saborosa. O tradicional streuselkuchen é originalmente um bolo de tabuleiro com massa fermentada de pão e cobertura de farofa crocante que surgiu na região da Silésia e foi levado para o sul do Brasil por imigrantes. Com o passar dos anos a cuca foi ganhando nuances à brasileira, o formato foi alterado e os recheios tornaram-se diversos, inclusive com opções salgadas.

O município de Rolante, a cidade sede da Sicredi Caminho das Águas é considerado hoje a Capital Nacional da Cuca e a iguaria está presente em todos as festividades, reuniões e cafés com sabores cada vez mais especiais e surpreendente. Na nossa área de atuação que compreende 33 cidades do Vale do Paranhana e do litoral norte gaúcho, mesmo aqueles municípios que não têm a cuca como iguaria principal, a especialidade alemã já virou uma paixão.

Conectando então, a cuca que é símbolo da nossa cidade sede, e a cuca com o significado de cérebro ou mente, nossa cooperativa criou um momento de encontro com nossos colegas da agência e o executivo e Farol da Cultura, Sherlei Zucchetti no qual batizamos de “Cuca Aberta”. Para esta visita, é levado de presente para a equipe uma ou duas cucas. Os sabores podem variam, mas aa preferência dos acreditadores fica entre a famosa Cuca Mafiosa, que tem em seu recheio calabresa e requeijão e a Cuca Viagra, que tem este nome pois é feita com doce de leite e amendoim, piada pronta que sempre provoca muitos risos por onde passamos.

O Cuca Aberta é um momento para conversarmos sobre a nossa cultura, ambiente e muito mais. O diferencia deste encontro é que a pauta é livre para criamos conexões e aprendizados.  Nosso convite é para que os acreditadores abram a cuca, para aproveitar a iguaria rolantense com um cafezinho, suco ou chá e que também possam abrir a própria cuca, para manter a mente aberta para diálogos profundos e construtivos. Com esta correlação e brincadeira com o termo cuca trazemos leveza e humor para o bate-papo que nem por isto deixa de ser complexo, profundo e muito produtivo, ampliando a consciência, trazendo entendimento, aprendizado e conexões.

O Cuca Aberta é um fórum de diálogos transparentes e construtivos e uma forma de estarmos ainda mais próximos, incentivando a horizontalidade. Em qual empresa que você conhece que o diretor executivo visita os colaboradores para comer cuca e ouvir? E falando em ouvir e contribuir, as pautas que surgem são diversas, cada agência tem seus próprios assuntos, questionamentos, histórias e construções o que torna o encontro sempre surpreendente e de muitas novas ideias.

A iniciativa surgiu este ano, os encontros começaram na agência de Rolante em 31 de março e o cronograma de visitas foi intenso, com praticamente todas as nossas agências e também a sede contemplada com o Cuca Aberta. Nossa última parada aconteceu na agência de Imbé no dia 16 de novembro. No próximo ciclo do Cuca Aberta ainda teremos mais duas agências para visitar, a agência de Balneário Pinhal e de Xangri-lá que irão ser inauguradas após o encerramento das visitas deste ano.

O Cuca Aberta é um momento para nos conhecermos melhor. Para compartilharmos ideias, histórias, lembranças e percepções de tudo que a nossa cooperativa está vivendo. É emocionante, enriquecedor e por vezes pode causar incômodo, pois certas conversar, apesar de necessárias, nos tiram da zona de conforto e nos fazem questionar o status quo. Não temos todas as respostas, e nem é este o intuito das visitas, pois em nosso ambiente de cultura evolutiva as mudanças são orgânicas e acontecem o tempo inteiro e os momentos são para abrimos a cuca para todas as oportunidades, percepções e possibilidades. Assim como a cuca depois de aberta, cortada e consumida não pode voltar a sua forma original, a nossa mente depois de ampliada não voltara a ser igual e a partir disto, novas e poderosos aprendizados e conexões podem ser criados e potencializados. E o melhor de tudo isso é que todos são convidados para fazer parte disto.

Foram 8 meses de muitos encontros, conversas, risadas e analogias criadas. Foram mais de 50 cucas e infinitas novas descobertas. Foram 28 encontros em 25 agências e 3 com colegas da sede. Foram mais de 300 colaboradores impactados com diálogos profundos e produtivos regados a muitos copos de café personalizados para o momento e muitos quilômetros rodados para fazer tudo acontecer. Foi sem dúvida uma experiência incrível que será cada vez mais aprimorada e vivenciada com interesse genuíno e construção coletiva. Estamos ansiosos para o próximo ciclo e de tudo que vamos aprender juntos! E você, tá a fim de abrir a cuca hoje?

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AUTORA: Thamires Rosa

                 Intérprete da Cultura

DATA: 23 de novembro de 2022

TAGS:  #CucaAberta  #

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