Uma homenagem ao primeiro Acreditador Alvaro Link

 

Era uma vez, uma professora e um caminhoneiro, duas histórias que viraram uma e que se desdobraram em quatro filhos. Entre eles havia um menino atento e por isso deram-lhe o nome de Álvaro. O sobrenome, por sua vez, já profetizava - ainda que em língua estrangeira - que o guri estava predestinado a fazer conexões.

 
Talvez ele tenha aprendido com a mãe a gostar dos livros e com o pai a ganhar mundo. Talvez tenha sido ao contrário, mas o piá cresceu querendo conhecer sobre aquilo que os olhos alcançam e não alcançam. Mal equilibrava uma cuia nas mãos, já se sentava nos degraus da casa para tomar chimarrão com aquela pinta de quem contemplava o mundo.

Cresceu. Nas horas vagas, porque ninguém é uma coisa só, foi daqueles que colocavam bacia de água em cima da porta do banheiro, para ver o que acontecia com o coleguinha que por ali entrasse. Pragmático, uma vez carregou o irmão de ponta-cabeça para casa por conta de um pisão no prego e um pé que não parava de sangrar...
Cresceu mais. Da janela do ônibus que pegava para voltar do trabalho, seu coração começou a prestar atenção na garota que passava pedalando, com quem ele até já tinha estudado, não no mesmo ano, mas no mesmo colégio. O encontro em uma balada fez o assunto ter um final feliz, aquele tipo de final que é só o começo... Então, Adelaide embarcou nesta história.

No Sicredi, ele começou aos 23 anos, como caixa, na Pioneira. Foi crescendo e protagonizando uma carreira admirável na qual, sobretudo, promoveu bons encontros.
Quando ele tinha por volta da mesma idade que o padre Jorge Annecken, quando fundou a Cooperativa, perto dos 37 anos, levantou a mão candidatando-se para enfrentar os desafios por aqui vividos. Álvaro ajudou a ressignificar nossa forma de ser. Trouxe luz a conceitos que até então eram desconhecidos ou improváveis, mas que iam trazendo sentido ao nosso caminhar.

Álvaro, que bom que você levantou a mão para seguir seu Chamado e apoiar-nos a construir este legado. O seu DNA Acreditador despertou o nosso. Seu potencial foi calor para aflorar o nosso.

 
Do risco da incorporação, caminhamos para um destino de conquistas e um ambiente evolutivo, de autonomia e propósito. Dia a dia, estamos perseverando em nos transformar em um organismo vivo, responsável e dinâmico.
Equacionando vida e trabalho, com seu mindset de crescimento você enxergou as oportunidades de vencer e mudar os resultados onde a maioria das pessoas só via prejuízo e o caminho da incorporação. Você teve cuidado com todos os colaboradores, associados, comunidade, projetos e processos desta Cooperativa e incentivou as pessoas certas a ocuparem os lugares certos, sempre fomentando o fortalecimento do círculo virtuoso do cooperativismo. Com sua dor de dono, aprendemos a ter coragem de assumir responsabilidades e questionar o status quo, encontrando caminhos novos para resolução de velhos problemas.

Enquanto esta história se desenrolava por aqui, você se desenvolveu também em outras frentes, bonitas de se ver. Uma coisa é certa, você pode acreditar no amor porque uma mulher que toma a chuva que Adelaide tomou de moto numa viagem que vocês fizeram, só pode estar contigo por amor verdadeiro. Em 2010, nasceu o Arthur. Em 2014, o Davi. Dois pequenos reis que tem um pai amoroso e firme. A gente sabe que você rezou para o primeiro vir parecido com a mãe e que no segundo você esqueceu de rezar. Melhor, assim o quarteto fica bem temperado!

Em 2016, você foi forjado a ferro e fogo, e resistiu. Dali, avistamos a Ilha do Bom Futuro e nasceu nossa Genuína. Por quantas coisas passamos...

Então, veio 2020. Para ser coerente, você sentiu que era hora de atender a um novo Chamado, agora de rodas. Nas Asas do Condor, agora reconhecido cidadão Rolantense, vai rolar e rodar mapas mais que geográficos, mapas de afeto, rotas que darão o que contar aos seus descendentes. Você vai pegar a estrada como fazia o seu pai, mas vai pegar à sua forma, do seu jeito e em família. Adelaide, sabemos que por onde vocês passarem, serão um farol no mundo.

Sejam felizes por estes desconhecidos caminhos, façam prósperas conexões. Álvaro, que nas mais inimagináveis aventuras, nunca falte à mesa um bom estrogonofe com arroz e batata palha, para você se sentir em casa, aonde estiver.

Nós aqui seguiremos na grande expedição de liberar o potencial das pessoas e dos negócios – e contar novas histórias – afinal, somos uma Cooperativa que mais do que ler, agora escreve e isso também tem seu dedo.

Quando chegar o momento da partida, vá na fé. Logo a distância e o tempo farão com que a gente se reencontre ao redor de muita coisa para compartilhar.
Álvaro, Adelaide, Artur e Davi. Nós Acreditamos em vocês! Sigam firmes!

Ah, claro, Álvaro, você não vai embora sem ganhar um presente. Ou você acha que nós não prestamos atenção nas fotos que você posta por aí?