Movimento Cooperativista
Parecia um dia normal de trabalho, e daqueles que nem abre a agência e lá na frente já se formou uma grande fila aguardando atendimento. A equipe estava reduzida devido ao afastamento de alguns colegas que foram contaminados pelo vírus da covid-19, que infelizmente voltou com tudo neste começo de ano. Pois bem, e é em um dia como esse que me deparo com uma bela história, daquelas que precisam ser contadas, das que verdadeiramente representam a nossa cooperativa.
Logo após a um atendimento a um associado no caixa eletrônico, retorno ao interior da agência para atender à próxima pessoa. Parado junto ao nosso guarda, ele que consideramos um zeloso guardião da agência e das pessoas e com nosso DNA Acreditador, estava um senhor de estatura média, cabelos um pouco grisalhos marcados pela experiência de seus mais de 50 anos, com um olhar cabisbaixo e com fundas olheiras. Em suas mãos, um saquinho de mercado guardando seus documentos e um valor em dinheiro, que conforme ele dissera mais tarde, era para “guardar na cooperativa”.
Fomos até minha mesa para iniciarmos o processo da abertura da conta, e prontamente ele iniciou a conversa contando sobre sua vida, sua família e que morava no interior do município. Ele também fez o relato do que o motivou a voltar na agência para realizar a abertura da conta na cooperativa que agora tenho o prazer de dividir com vocês neste texto.
Segundo ele, em uma tarde muito quente, daquelas que só quem vive aqui no Sul no mês de janeiro conseguirá entender que chega a passar dos 40 graus, ele estava em frente a agência aguardando um sobrinho que estava sendo atendido aqui. Quando chegou nele uma moça que estava retornando do seu horário do almoço e o convidou para entrar, simplesmente para fugir daquele calor escaldante do horário do meio-dia. Ele recordou ainda que também a moça o presenteou com uma máscara, que é de uso obrigatório no interior da agência, já que ele estava desprevenido. Este senhor já com brilho no olho, quase que emocionado, continuou contando que sua saúde não anda muito bem e naquela tarde tão quente não estava em seus melhores dias. O fato dele entrar, poder se sentar e tomar uma aguinha despertou nele uma vontade enorme de voltar.
E foi por esse olhar atento, cuidadoso e o simples gesto de uma acreditadora com dor de dono e cuidado que o convidou para entrar, que ele não só voltou a entrar e agora vai sair como um novo associado e um excelente promotor da nossa cooperativa, pois já fala em trazer seus familiares e falar com amigos para integrar o movimento cooperativista. Esse senhor, atualmente agricultor e aposentado que virá todos os meses em nossa agência para receber sua aposentadoria representa para mim, o marco vivido nesta semana de chegarmos aos 60 mil associados, e é com esse carinho e seu relato e sua percepção de sentir-se bem, de ser bem atendido por todos os Acreditadores e indicar novos associados, que tenho a convicção de que em nosso centenário teremos o marco de 100 mil associados.
Que essa história relatada motive a todos os Acreditadores a olhar para atos singelos, com cuidado e zelo pelo ser humano e que o número não nos preocupe, pois será um ciclo de cada um indica um, e que acima de tudo o número seja só a representatividade do nosso carinho por cada associado.
AUTORA: Regina B. K. Mumbach
Especialista Financeira
EDIÇÃO: Thamires Rosa
Intérprete da Cultura
DATA: 03 de fevereiro de 2022
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