No final de junho nossos parceiros da Lobo Lab vieram até a capital nacional da Cuca para ministrar uma oficina bem diferente daquelas que estávamos acostumados por aqui.  Nosso colegiado estratégico e mais alguns colaboradores reuniram-se durante dois dias para ampliar a consciência dos nossos porquês.  Por que fazemos o que fazemos da forma que fazemos?

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Você já parou para pensar sobre isso? Na sua vida profissional e pessoal você em algum momento já questionou seus motivadores e porque você faz o que faz, da maneira que faz? Confuso, complexo e profundo exercício.

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Em um mundo tão veloz, com tanta informação e mudanças rápidas, muitas vezes é difícil se desvencilhar das tarefas e ressignificar as atitudes, dando um sentido a elas além do “eu tenho que fazer”.  Afinal já dizia a velha expressão importada dos Estados Unidos: “time is money”. Por que parar para pensar se eu posso empregar este tempo produzindo mais e mais? Acontece que este modelo mecanizado de lucro acima de tudo não se encaixa na cultura evolutiva que estamos construindo e parar para refletir sobre a jornada, nossas atividades e tudo que estamos vivendo torna-se essencial para seguirmos em frente, aqui: “time is learning”.    

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Nosso Farol da Cultura usa uma analogia excepcional para exemplificar estas nossas descobertas diárias. Segundo ele, estamos dirigindo um carro à noite, em uma estrada escura e desconhecida e os jeitos de avançar são: ligando os faróis que iluminam apenas alguns metros e para conhecer o que vem pela frente, o único modo é avançar, e a outra opção é parar o carro e perguntar para alguém que conhece a estrada como fazer o trajeto de forma mais segura e o que se pode esperar da rota.

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Na cooperativa combinamos estas duas formas de seguir nesta estrada desconhecida da jornada teal, da cultura evolutiva, do propósito e da autogestão. Já estamos avançando com os faróis altos e prestando atenção no caminho, e, sempre que possível, parando para pedir o apoio de quem já trilhou este mesmo percurso de ampliação da consciência, motivo pelo qual contamos com tantos parceiros estratégicos na nossa jornada.

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Contudo, na oficina de comos e porquês também descobrimos que podemos potencializar o sucesso da nossa viagem se voltarmos, pararmos e nos preparamos. Conhecer mais profundamente nosso meio de transporte e os recursos que ele possui, pesquisar sobre a estrada, mapear o melhor caminho, entender sobre a rota e, principalmente, dar mais sentido e significado para onde queremos chegar com este itinerário. O sábio e enigmático Gato Cheshire disse à Alice: "Se você não sabe para onde ir, qualquer caminho serve". Lewis Carroll escreveu esta frase no contexto do País das Maravilhas, mas ela é válida em qualquer contexto. Com maior planejamento e entendimento, o caminho torna-se menos complexo, seja aqui, seja em Wonderland.

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De forma prática, a oficina fez com que parássemos o carro e nos despertou, de forma lúdica e com muita mão na massa, para quantidade de coisas que fazemos e não temos o entendimento simples e direto que é necessário. Nossos parceiros mapearam nossos bordões – expressões e assuntos que estão no nosso dia a dia -, realizaram pesquisa com os acreditadores, relacionando estas expressões e sua compreensão e nos colocaram para refletir, e muito, sobre tudo isso e muito mais.  No decorrer dos dois dias de atividades, aprendermos, desaprendemos e reaprendemos sobre nós, nossas crenças e até sobre o que então achávamos que sabiam sobre nossa cooperativa e cultura.

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Fomos surpreendidos e desafiados constantemente. Em meio a sérias brincadeiras e descontraídas discussões, nos demos contas que era só o começo. Saímos com a certeza que nossos comos e porquês tem que cada vez mais emergir na nossa cultura e que é preciso que mais acreditadores embarquem com a gente nesta estrada de descobertas.  Assim como a Alice, acabamos de seguir o coelho e entrar em sua toca, mas ainda temos muitas maravilhas para descobrir, mas esta etapa da viagem fica para outra história.