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A terra da rapadura, do sonho e da cachaça

Para contarmos a história da cidade em que a então, Sicredi Nordeste instalou sua primeira agência longe da sede, iniciando sua expansão, não poderíamos deixar de remontar, mesmo que de forma singela e resumida, a história do próprio município de Santo Antônio da Patrulha.

Hoje a cidade de 1.050 km² de área possui mais de 43 mil habitantes, sendo 4.252 associados da nossa cooperativa que apoiam na liberação de potencial das pessoas e dos negócios e fortalecem o círculo virtuoso, desenvolvendo não apenas os seus negócios, mas a economia de toda a cidade que tem a produção de cachaça, e a fabricação do sonho e da rapadura como destaque.

A origem de Santo Antônio da Patrulha confunde-se com o surgimento do estado do Rio Grande do Sul, sendo o município um dos 4 primeiros criados em solo gaúcho, juntamente com Rio Pardo, Rio Grande e Porto Alegre. Por estas bandas, lá em meados de 1736 devido o interesse dos colonizadores por desbravarem as terras recém conquistas, passava um caminho conhecido como Estrada dos Tropeiros, porém, além dos senhores de terras, o contrabando de gado e roubos tornavam-se cada vez mais frequentes, aterrorizando a região e atrapalhando os negócios.  A coroa, a fim de defender o território e o comércio, aqui instaurou um "Registro" ou "Guarda", mais tarde chamada "Patrulha". Um grupo de homens que tinham como tarefas fiscalizar aqueles que passavam pela estrada e cobrar impostos dos rebanhos e tropeiros. Com o tempo, a região passou ser conhecida como Guarda Velha de Viamão.

Um destes patrulheiros, chamado  Inácio José de Mendonça e Silva trouxe sua esposa, Margarida Exaltação da Cruz , e devotos que eram, resolveram em 1760, construir em suas terras uma pequena igreja que ficou conhecida como Capela Curada de Santo Antônio da Guarda Velha de Viamão. Como era o único oratório da região, o movimento em seu entorno aumentou e as pessoas passaram a se organizar por ali.

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Surgindo então aos poucos uma vida administrativa e social, e mais tarde, com a chegada dos casais de açorianos, um povoado ergueu-se. A Capela começou a ser chamados por todos de “aquela do Santo Antônio da Patrulha”, em alusão a profissão de seu construtor e ao santo do qual era devoto. Passou de freguesia a vila e em 1811 fundou-se oficialmente o município.

Por mais de 200 anos a cidade cresceu e criou sua própria cultura e economia. As famílias nasceram, as tradições foram se consolidando. Surgiram comércios, fábricas, restaurantes, os agricultores testaram o solo para encontrarem em suas terras a melhor opção para o plantio e a antiga região da estrada dos tropeiros se transformou em um excelente lugar para se viver, formar uma família e consolidar seus negócios. O município tornou-se conhecido, recebeu imigrantes e migrantes de vários locais.  Expandiu tanto que precisou ser dividido, dando origem a muitos outros municípios, muito deles, hoje formam a área de atuação da nossa cooperativa.

Em uma sexta-feira, dia 18 de junho de 1993, alguns dias antes do outono findar, a nossa cooperativa, enxergando o potencial da cidade, abriu as portas da sua agência bancária para a comunidade. Um marco importante para a cidade e para o Sicredi que iniciava ali sua conexão próxima e produtiva com a cidade e um relacionamento duradouro com seus habitantes.

Santo Antônio da Patrulha continua se desenvolvendo, nossa cooperativa também. A Sicredi Nordeste evoluiu e até mudou de nome para Sicredi Caminho das Águas. E seguimos, a cidade e a cooperativa, juntas, realizando sonhos e construindo negócios com significado. Então, 27 anos depois, em outubro de 2020 reinauguramos a nova sede da agência com um conceito totalmente diferente. Inovador, disruptivo e fisital, com salas de coworking e cafeteria a disposição da comunidade para continuarmos firmes no propósito que nos uniu lá atrás.

A região que precisava de patrulheiros para guardar a estrada, transformou-se em lar de pessoas e negócios com um potencial imensurável.  Nossa cooperativa tem muito orgulho em ter sua história atrelada ao povo patrulhense que tem como lema as palavras Hospitalidade - Justiça – Labor e as honra todos os dias.

A rapadura, que como conta o ditado popular: “é doce, mas não é mole”, traduz nossa trajetória no município com percalços árduos e doces conquistas. Nosso relacionamento sempre foi como a cachaça que sai dos alambiques da cidade, transparente, autêntico e marcante, e assim, como o doce açoriano que se tornou cartão de visitas patrulhense, vamos realizando sonhos de nossos associados e apoiando a comunidade com a mesma receita desde o primeiro dia, mas com pitadas de novidades que agregam e potencializam a fórmula original. Seguimos sempre juntos, Santo Antônio da Patrulha.

AUTOR: Thamires Rosa

                Intérprete da Cultura

DATA31 agosto  de 2023

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